Pesquisa da UFRN vence prêmio em congresso internacional
Pesquisadores da UFRN desenvolveram um modelo para condução de compras públicas baseado em técnicas da Gestão de Projetos. Eles observaram que as aquisições e contratações no ambiente público eram feitas de maneira muito operacionais, por isso propuseram uma técnica que permitiu uma ação mais estratégica com maior atenção à realidade de cada setor. O estudo rendeu o prêmio de melhor artigo científico da área de Gestão de Projetos no 8º Simpósio Internacional de Gestão de Projetos, Inovação e Sustentabilidade (VIII SINGEP), realizado entre 1º e 3 de outubro.
O projeto foi desenvolvido pela servidora Edjane Cortez da Cruz, durante mestrado no Programa de Pós-Gradução de Processos Institucionais (PPGPI/UFRN), com apoio de por Thiago de Oliveira, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA/UFRN), e orientação do professor André Morais Gurgel, do Departamento de Administração (Depad) e secretário da Secretaria de Gestão de Projetos (SGP/UFRN). Construído numa lógica de pesquisa ação, a partir de um caso real da fase de planejamento das licitações da própria UFRN, a pesquisa se baseou em demandas de aquisições que foram aplicadas às fases do modelo aplicado. Posteriormente, foram analisadas as percepções dos envolvidos durante workshops realizado pelo grupo.
A grande inovação deste estudo, segundo os pesquisadores, foi definir as fases da gestão de projetos para esses ambientes utilizando ferramentas como o Life Cycle Canvas – desenvolvida pelo professor Manoel Veras, do Depad – que se adequam bem a esse contexto. Esta medida possibilita um novo olhar para as aquisições públicas que permitam a melhor compra sem deixar de lado o princípio da economicidade que é base das licitações públicas. “Os próximos passos da pesquisa são validar o modelo em outras universidades públicas e tentar generaliza-lo para este contexto de instituição pública”, disse André Gurgel.
Prêmio
Segundo o professor, o Simpósio Internacional de Gestão de Projetos (Singep) é o principal congresso acadêmico da área de gestão de projetos do país. Anualmente, escolhe o melhor artigo da área de gestão de projetos em uma sessão especial. Tradicionalmente esse prêmio é entregue a universidades do Sudeste.
“Este ano, conseguimos ganhar o prêmio como melhor artigo, o que demonstra a força da área no contexto da UFRN, tanto do ponto de vista acadêmico quanto de gestão, uma vez que a pesquisa vem do trabalho desenvolvido da SGP, junto a Pró-Reitoria de Administração (Proad), a partir da reformulação do processo de aquisição e contratações da universidade. É importante também destacar que a base de pesquisa de gestão de projetos a qual fazemos parte tem apenas três anos e hoje desponta como a base com o terceiro maior número de publicações nesta temática”, completou André Gurgel.
Fonte: Agecom UFRN,
Progesp/UFRN lança campanha de doação de cabelos e lenços
A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp) da UFRN iniciou, nesta segunda-feira, 5, a 3ª edição da campanha de doação de lenços e cabelos em prol das mulheres que lutam contra o câncer de mama. A ação está dentro da programação do mês do servidor e também é alusiva à campanha nacional do Outubro Rosa.
Em virtude das medidas de prevenção à pandemia da covid-19, este ano a campanha terá um formato diferente e, por isso, não haverá equipes para cortes de cabelo. Dessa forma, as mechas devem ser entregues já prontas na recepção da Diretoria de Atenção à Saúde do Servidor (DAS), no campus central da UFRN. As doações podem ser feitas das 8h às 12h, de segunda a sexta-feira, durante todo o mês de outubro. O único critério para recebimento dos cabelos é que as mechas possuam, pelo menos, 20 cm de comprimento e estejam secos e limpos para correto armazenamento.
Além de cabelos, a campanha também arrecada lenços e toucas. O material arrecadado será destinado à Casa Rosa RN, organização que produz perucas para mulheres em tratamento de câncer. Quem quiser mais informações, pode procurar a coordenação da campanha no telefone 99608-3188 e também o Instagram da Progesp e do programa Viver em Harmonia.
Fonte: Agecom UFRN.
QUARTA COM O CONFIES: próximo encontro discutirá aspectos trabalhistas e psicológicos do home office
A próxima “Quarta com o CONFIES, a se realizar na próxima quarta-feira (07), às 10 horas, discutirá o tema: Home office: aspectos trabalhistas e psicológicos em tempos de pandemia de covid-19.
Foram convidadas, para esse debate online, a advogada Danielle Riegermann que vai explicar sobre a legislação e como proteger o trabalhador e a Fundação de Apoio de universidades e institutos federais de ensino e pesquisa nesse período. E a psicóloga Sofia Gracioli, que abordará o impacto do isolamento social sobre a saúde mental dos colaboradores.
Trata-se do 5º debate pré 3º Congresso Nacional do CONFIES, a se realizar este ano pela internet nos dias 11 e 12 de novembro. O ciclo de debates semanais preparatórios foi criado em razão do isolamento social em decorrência da pandemia de covid-19. (Leia mais: 3º Congresso Nacional do CONFIES realiza debates semanais até novembro ).
O evento será transmitido ao vivo pelo Youtube e pela plataforma Zoom.
Fonte: Ascom CONFIES.
Astrônomos da UFRN anunciam diagnóstico pioneiro para mil estrelas
A busca por exoplanetas com condições físico-químicas de habitabilidade representa o principal desafio da Astronomia moderna, sendo conduzida por múltiplos satélites, em harmonia com instrumentos instalados em telescópios no solo. Entre esses está o satélite TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) da NASA, lançado em julho de 2018, idealizado especificamente para a busca por planetas do tamanho da Terra orbitando estrelas próximas.
O satélite TESS até o momento identificou cerca de 2 mil estrelas hospedando objetos com características de planetas. Em artigo publicado recentemente no periódico americano Astrophysical Journal Supplement Series, anunciou um diagnóstico pioneiro sobre as características físicas de metade dessas estrelas observadas pelo TESS, incluindo medidas de períodos de rotação, identificação de erupções e pulsação e possíveis níveis de atividade magnética. O artigo pode ser acessado aqui e aqui, e foi assinado por um grupo de cientistas brasileiros, liderado pelos astrônomos da UFRN, José Renan de Medeiros, Bruno Leonardo Canto Martins e Izan de Castro Leão. O estudo também conta com a participação de pesquisadores da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará e da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte.
O diagnóstico oferece uma sólida base de apoio para pesquisas sobre exoplanetas realizadas pela missão espacial TESS. De um lado, os resultados indicam quais estrelas oferecem uma melhor perspectiva para monitoramento e estudos sobre as características físico-químicas de seus sistemas planetários, incluindo suas potenciais condições de habitabilidade. Por outro lado, esses resultados ajudarão a comunidade na definição de critérios para a elaboração de estratégias observacionais para diferentes técnicas de diagnósticos, incluindo imageamento direto dos planetas.
O TESS foi inicialmente programado para dois anos de operações, mas a NASA decidiu estender a missão por mais dois anos, até abril de 2022. Tal aspecto levou o grupo de pesquisadores da UFRN a optar por um estudo contínuo no diagnóstico das estrelas que ainda terão planetas detectados pelo TESS, alimentando e mantendo uma base de dados atualizada a serviço da comunidade internacional dedicada à busca por exoplanetas. Tal base de dados já se encontra disponível numa plataforma interativa da Escola de Engenharia da Universidade de Vanderbilt, localizada em Nashville, USA, denominada Filtergraph (http://filtergraph.com).
Mapa descrevendo o comportamento da atividade de uma estrela observada pelo TESS ao longo do tempo. Os aparentes ‘dentes’ indicam as passagens de um planeta na frente da estrela. A imagem foi construída com um padrão de 256 cores.
A Astronomia para Inclusão Social e Inovação
Um aspecto diferenciado nesse trabalho conduzido por astrônomos e estudantes do doutorado em Física da UFRN diz respeito à contribuição do mesmo para ações de inclusão de Pessoas Autistas, através do Centro Frist para Autismo e Inovação (Frist Center for Autism and Innovation), também sediado em Nashville. A plataforma web Filtergraph, criada pelo astrônomo Dan Burger, que armazena o catálogo com os resultados da pesquisa, foi idealizada inicialmente como uma ferramenta computacional para a visualização de uma grande variedade de dados no apoio ao descobrimento de Exoplanetas e desde 2017 tornou-se parte do Centro Frist.
O Centro agrega cientistas, engenheiros e especialistas em neurociências e educação com o objetivo de entender, maximizar, identificar e estimular pessoas autistas a trabalharem com padrões de imagens e cores. Sabendo que alguns autistas têm a capacidade de entender padrões em cores e imagens em um nível superior, o Centro Frist passou a usar o Filtergraph para identificar pessoas com tais habilidades, oferecendo a estes indivíduos formação complementar e ferramentas para que possam se especializar e atuar profissionalmente em posições que executam tarefas semelhantes à análise de imagens ou cores em alto padrão.
Planetas habitáveis?
As condições mínimas para que um planeta possa ser habitável são a existência de água no estado líquido, associada a temperaturas e campos de radiação adequados para sustentar uma biosfera na superfície planetária. Em nosso Sistema Solar, tais condições estão localizadas em uma região restrita, localizada entre os planetas Vênus e Marte, com o nosso planeta azul, a Terra, no centro dessa região.
Uma propriedade física determinante para a existência dessas condições mínimas, impactando diretamente na formação e evolução do sistema planetário, é a atividade magnética de uma estrela que está diretamente associada com a existência de erupções, ventos e tempestades magnéticas, como acontece com nosso Sol. Como a atividade magnética de uma estrela é controlada diretamente por sua rotação, a existência das condições mínimas para habitabilidade de um planeta exige que sua estrela gire de forma adequada, ou seja, nem muito rápido nem muita lento. No caso do Sol, o mesmo leva um pouco mais de 25 dias para dar uma volta completa em torno do seu eixo.
Fonte: Agecom UFRN.
Empresas sediadas na UFRN firmam contrato com Banco do Nordeste
Representando a capital potiguar e o potencial tecnológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), as startups NUT e Hubbi, empresas sediadas no Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), foram selecionadas pelo edital de fomento à inovação do Banco do Nordeste (BNB) e firmaram, neste mês, um contrato com a instituição.
Resultado que simboliza uma vitória para os negócios locais de Tecnologia da Informação (TI), o apoio econômico decorrente do processo seletivo é vinculado ao Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Inovação (Fundeci).
Foram classificados 17 projetos oriundos de todos os estados da região Nordeste. Os recursos oferecidos são da ordem de R$ 5 milhões, sendo que cada empresa contemplada pode receber uma subvenção que varia de R$ 60 mil a R$ 500 mil, devendo executar o projeto no prazo máximo de seis meses.
“É um apoio muito importante para nós. Esses recursos possibilitam um desenvolvimento mais acelerado da nossa solução e poderemos investir mais em capital humano qualificado, o que nos proporciona mais competitividade frente às startups do Sul e Sudeste”, comenta o CEO da Hubbi, Igor Mesquita.
A Hubbi é responsável pela criação de uma plataforma que auxilia o comércio automatizado de autopeças em Natal. Já a NUT é encarregada pela criação da Plataforma de Assistência Remota (PAR), ferramenta que acompanha os sinais vitais de pacientes em UTI e fornece dados aos médicos em tempo real por aplicativo.
“A subvenção será necessária para avançarmos mais rapidamente no módulo de inteligência da PAR, responsável, entre outras coisas, por informações preditivas. Além disso, o recurso da subvenção será muito importante em áreas estratégicas, como o marketing”, diz a diretora de operações da NUT, Dalila Monteiro.
Fomento
Segundo o consultor de gestão da inovação Gileno Negreiros, a busca de startups por editais de fomento data de aproximadamente três anos.
“Antigamente, era mais comum que indústrias participassem de seleções como essa. Desde 2016, com o boom das startups, percebemos que muitas dessas empresas passaram a se candidatar também”, comenta Negreiros.
O consultor também chama atenção para o exemplo do último Tecnova – seleção de fomento de iniciativas inovadoras promovida pela Finep – cujos candidatos, mesmo empresas tradicionais e indústrias, tinham base tecnológica.
Riscos
Um dos principais motivos para a crescente participação desse tipo de empresa nesses editais é, segundo Negreiros, a condição financeira da empresa atrelada ao risco assumido pelas startups. “Quando falamos de inovação, nos referimos a projetos de riscos tecnológicos a serem superados. Esses editais vêm justamente compartilhar esse risco com essas empresas, por meio do benefício material”, explica o consultor.
“Existem várias maneiras de uma startup receber financiamento, como “investimento anjo”, crowdfunding, entre outros. Cabe ao empresário identificar qual a melhor forma para sua startup e conseguir convencer investidores, expondo, de maneira clara e objetiva, a viabilidade do seu negócio”, comenta Igor Mesquita.
Fonte: Ascom IMD.
O apoio da FUNPEC para novos pesquisadores
13/03/2020 08:05 por André Maitelli