Vice-reitor recebe Medalha do Mérito Desportivo
Em comemoração ao Dia do Profissional de Educação Física, o vice-reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Henio Ferreira de Miranda, recebe a Medalha do Mérito Desportivo concedida pelo Conselho Regional de Educação Física. A cerimônia de entrega acontece no dia 25 de setembro, às 9h, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN).
A Medalha do Mérito Profissional “Professor Sebastião Cunha” é uma honraria entregue aos profissionais da área que prestam relevantes serviços à sociedade potiguar. “Recebo essa medalha com muita honra e gratidão ao Conselho de Educação Física e à Assembleia Legislativa, por ser agraciado com uma homenagem tão importante para a área da Educação Física e do Esporte”, considera o vice- reitor da UFRN, Henio Miranda.
A medalha de mérito profissional é nomeada de Sebastião Cunha, por ser uma personalidade com trajetória profissional marcada pelo período em que foram lançadas as bases para a regulamentação da profissão de Educação Física no âmbito nacional, tendo sido ainda o fundador da Associação Atlética Acadêmica da Faculdade de Formação Odontológica de Natal, posteriormente transformada na Federação Norte-riograndense de Desporto Universitário (FNDU), além de coordenador do curso de Educação Física da UFRN.
Além do professor Henio de Miranda, recebem homenagem no mesmo dia Francisco Borges de Araújo, Francisco Carlos Costa, Gilzandra Lira Dantas Florêncio e João Bosco de Castro Guerra.
Henio de Miranda
Professor titular do Departamento de Educação Física da UFRN desde 1978, Henio de Miranda é graduado em Educação Física, possui especialização em Ciências do Esporte pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutorado em Ciências da Saúde pela UFRN. Atua como auditor de justiça desportiva do Superior Tribunal de Justiça Desportiva Universitária. Já entre os diversos cargos de gestão desempenhados em 40 anos de UFRN, foi vice-coordenador dos campi avançados, coordenador e chefe do Departamento de Educação Física, vice-diretor e diretor do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e, atualmente é vice-reitor da UFRN.
Fonte: Agecom/UFRN.
Pós em Demografia seleciona para mestrado e doutorado
O Programa de Pós-Graduação em Demografia da UFRN está com inscrições abertas, até o dia 4 de outubro, para seleção de mestrado (11 vagas) e doutorado (6 vagas). As aulas têm início no primeiro semestre de 2020.
As inscrições para os dois processos seletivos devem ser realizadas por meio de preenchimento de formulário online e do envio dos documentos solicitados. Os formulários de inscrição estão disponíveis nesta página. Os interessados devem acessar o link e clicar na seleção que desejam concorrer.
O processo avaliativo das duas seleções terá como base uma prova de conhecimentos específicos e arguição do projeto de pesquisa. Os detalhes sobre os locais de realização das provas e o calendário podem ser conferidos nos dois editais (mestrado e doutorado). O resultado final será divulgado no dia 12 de dezembro.
Quem tiver dúvidas sobre o processo seletivo pode entrar em contato com a Secretaria do Programa de Pós-graduação em Demografia pelos telefones (84) 3342-2241, ramal 403, e (84) 99474-6779. Ou, ainda, pelo e-mail ppgdem@gmail.com.
Fonte: Agecom/UFRN.
Escola de Saúde oferece 220 vagas em cursos técnicos
A Escola de Saúde da UFRN (ESUFRN) tornou público o Edital nº 06/2019, que orienta a seleção de alunos para ingresso em quatro cursos técnicos, em 2020. São oferecidas 220 vagas no total, sendo 80 para o Técnico em Enfermagem, 50 vagas para o curso Técnico em Registros e Informações em Saúde, 50 para o curso Técnico em Agente Comunitário de Saúde e 40 vagas para o curso Técnico em Massoterapia.
As inscrições começam nesta segunda-feira, 23 de setembro, e vão até o dia 22 de outubro de 2019, exclusivamente pela Internet, através do site do Núcleo Permanente de Concursos da UFRN (Comperve). A taxa de inscrição custa R$ 30,00 e as provas serão aplicadas no dia 17 de novembro de 2019, em Natal. Todas as informações, critérios de seleção e documentos referentes ao processo seletivo, inclusive o programa de estudos, estão disponíveis no site.
Os interessados podem saber mais informações sobre cada um dos cursos técnicos oferecidos pela Escola de Saúde da UFRN acessando o site e acompanhando a ESUFRN nas mídias sociais; no Facebook – Escola de Saúde da UFRN e no Instagram @esufrn. Ou ainda pelo telefone 3342-2290 (ramal 101).
Fonte Assessoria: ESUFRN.
UFRN apresenta pesquisas sobre Desenvolvimento Sustentável
A UFRN terá nove trabalhos apresentados na Conferência Internacional de Desenvolvimento Sustentável – ICSD, na Universidade de Columbia, em Nova York. O evento discute práticas associadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem ser implementados por todos os países do mundo até 2030. A Conferência acontece nos dias 24 e 25 de setembro, em paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas, que reúne mais de uma centena de chefes de Estado e de governo na mesma cidade durante esta semana.
Leia mais sobre os 17 ODS aqui.
O professor do Departamento de Engenharia de Produção da UFRN, Júlio Francisco Dantas Rezende, fará apresentações sobre a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) da UFRN, a Estação de Pesquisa Habitat Marte e sobre projetos de revitalização urbana na cidade, como o bem sucedido Projeto Viva o Centro.
Na apresentação, a Estação de Tratamento de Esgoto da UFRN é indicada como uma prática sustentável que liga água, energia e agricultura e está conectada ao Objetivo 6 da ODS, que é Água Limpa e Saneamento. A Universidade Federal consegue coletar e tratar todo o esgoto de suas instalações e destinar a água residual à irrigação dos campos de futebol e jardinagem, sem danos ambientais, sendo assim um exemplo de atividade sustentável.
Da Estação de Pesquisa e Simulação Habitat Marte, instalada em Caiçara do Rio dos Ventos, no interior do Rio Grande do Norte, surgiram várias ideias a serem compartilhadas na Conferência, como o Space Aqua, que estuda o Sistema Aquapônico como alternativa para locais com recursos hídricos limitados, pois consome 90% menos água do que outros métodos de cultivo. E o Arid Lab, que opera no Núcleo de Pesquisa em Engenharia, Ciência e Sustentabilidade do Semiárido (Nupecs), utilizando sistema de coleta e armazenamento de água da chuva, sistema de iluminação externa solar, entre outras pesquisas.
Outro trabalho apresentado é o projeto Viva o Centro, desenvolvido em parceria com o professor Álvaro Oliveira e Irani Santos, que relata a recuperação econômica, social e cultural do Centro de Natal, que sofreu uma súbita degradação após a mudança do comércio local para os shoppings. A pesquisa relata a estratégia, o plano de ação e as atividades do movimento, com maior foco no Beco da Lama, que obteve êxito por receber o engajamento de empresários, cidadãos, poder público e outras instituições.
O Viva o Centro está conectado ao Objetivo 11 da ODS, que é Cidades e Comunidades Sustentáveis, o qual pretende tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis, e ao Objetivo 17, que fala sobre Parcerias e Meios de Implementação, com a intenção de fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
Agenda 2030 da ONU
Em setembro de 2015, líderes mundiais reuniram-se na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, e decidiram um plano de ação para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, a qual contém o conjunto de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A Agenda 2030 e os ODS afirmam que, para o mundo entrar em um caminho sustentável, é urgentemente necessário tomar medidas ousadas e transformadoras.
Os ODS constituem uma ambiciosa lista de tarefas para todas as pessoas, em todas as partes, a serem cumpridas até 2030. Segundo a Agenda, se cumprirmos suas metas, seremos a primeira geração a erradicar a pobreza extrema e iremos poupar as gerações futuras dos piores efeitos adversos da mudança do clima. Para saber mais informações, acesse a plataforma da Agenda 2030.
Fonte: Agecom/UFRN.
Alimentos são melhorados a partir de resíduos do pescado
Imagine que você tenha comprado um filé de peixe e decidiu guardá-lo no congelador para só depois usá-lo, mas acabou lembrando dele apenas alguns meses depois. O normal é que, após tanto tempo, a carne tenha perdido suas qualidades e não possua mais a mesma suculência ou até o peso de antes, devido ao processo de deterioração e à atividade de micróbios.
Para solucionar esse problema, pesquisadores do Laboratório de Tecnologia do Pescado (LATEPE) da Universidade Federal do Ceará têm desenvolvido revestimentos e filmes feitos a partir de moléculas encontradas nos próprios pescados e em seres marinhos como algas. Envolto por essas moléculas, o mesmo filé de peixe, por exemplo, teria uma carga microbiana duas vezes menor que a normal e, consequentemente, maior durabilidade.
Essa sobrevida dada ao alimento, com o aumento do tempo de armazenamento e a melhora da qualidade do produto, ocorre por conta das moléculas utilizadas pelo laboratório: a partir de componentes como quitosana, gelatina e colágeno é possível produzir revestimentos e filmes que tenham atividade antimicrobiana, evitem a perda de água da carne ou ainda que sejam antioxidantes.
“No congelador, o pescado perde água por sublimação [mudança de estado sólido para gasoso, sem passar pelo líquido], e o filme ou o revestimento pode ser a camada protetora que evita essa perda de água. Se ele perder água, perde suculência, peso e qualidade”, explica o coordenador da pesquisa, Prof. Bartolomeu de Souza, que comanda o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Pesca.
Outro problema que os revestimentos podem evitar é o da oxidação lipídica (ou seja, das gorduras), um dos principais processos de degradação dos peixes, que resulta em alterações de cor, cheiro e valor nutritivo. Oxidado, um pescado perde a capacidade de ser consumido, uma vez que pode até produzir compostos tóxicos prejudiciais à saúde.
“O pescado é extremamente perecível, devido a uma alta atividade de água e um alto grau de insaturação dos ácidos graxos, podendo essas alterações ocasionar possíveis mudanças na coloração do filé. Se o pescado for gordo, ele vai deixar de ser branco e ficar amarelado”, exemplifica o pesquisador. “Quando revestimos o pescado com essa solução [desenvolvida no LATEPE], se ela possuir atividade antioxidante, vai reduzir esse problema.”
Sustentabilidade
A pesquisa baseia-se na utilização de subprodutos da indústria pesqueira, como casca de caranguejo, escama da tilápia e resíduos do camarão. Com isso, há a criação de um ciclo sustentável de produção, já que esses subprodutos, que seriam provavelmente descartados, acabam retornando à indústria na forma de melhorias para os próprios pescados. Além disso, o laboratório também faz prospecção de moléculas em algas originadas de cultivo.
No caso do caranguejo, por exemplo, a casca é processada, resultando na produção de uma farinha. Dessa farinha, são removidos todos os minerais, proteínas e pigmentos, para se chegar à quitina. Por meio do processo de desacetilação (remoção do grupo químico acetila), a quitosana é produzida para finalmente servir como base para o revestimento em que o filé de peixe será mergulhado. Quitina e quitosana são polímeros atóxicos e biodegradáveis.
O grau de desacetilação (que atualmente está em 92%, pela pesquisa do LATEPE) é importante para definir a forma como o revestimento vai atuar no pescado. “Quanto maior o grau, melhor vai ser o filme. Ele vai ser menos solúvel em água e vai ter melhor atividade antimicrobiana”, ressalta Diego do Vale, doutorando e integrante da pesquisa.
Outro exemplo é a produção de filmes a partir da escama da tilápia, da qual é extraída a gelatina, espécie de pó fino. Após a caracterização térmica e química desse componente, os pesquisadores produzem o filme que revestirá o pescado. Assim como a quitosana e as outras moléculas pesquisadas, a gelatina também é comestível, não trazendo qualquer prejuízo ao consumo do pescado.
Mercado
A vantagem da pesquisa do LATEPE ‒ desenvolvida em parceria com a EMBRAPA Agroindústria Tropical e com o Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFC ‒ torna-se evidente pelo retorno econômico e produtivo para a indústria pesqueira, mas são muitos os passos até que o revestimento chegue de fato ao mercado. “Temos que buscar os resíduos, extrair deles as moléculas, caracterizá-las quimicamente e só então produzir o filme”, detalha o Prof. Bartolomeu de Souza.
Além disso, há diferentes características que podem ser exploradas em cada molécula. “Se eu quero que o alimento não perca água, o filme deve ter baixa permeabilidade ao vapor de água. Se quero que não passe oxigênio pelo filme para o alimento, deve haver baixa permeabilidade ao oxigênio. Além disso, é preciso avaliar a cor, solubilidade, atividades antioxidantes e antimicrobianas”, diz.
Um dos próximos passos da pesquisa será a tentativa de diminuição do custo de produção, sem a perda de qualidade já alcançada com os materiais desenvolvidos. Para tanto, uma revisão da quantidade de reagentes empregados nos revestimentos deverá ser feita.
Além disso, uma nova aplicação da pesquisa está planejada, com a utilização da quitosana em conjunto com outra molécula, a carragenana, extraída de macroalgas. A ideia é produzir um nanofilme que possa servir como revestimento para o filé de atum, com camadas intercaladas, utilizando as características das duas moléculas para também reduzir o crescimento de bactérias no pescado.
Pelo menor custo de produção, a expectativa é que o novo nanofilme possibilite uma maior adesão por parte da indústria. A quantidade de meses de sobrevida que o revestimento poderá garantir ao pescado na prateleira, porém, é algo que deve ser constatado apenas ao fim da pesquisa, previsto para 2021.
O termo pescado aplica-se a peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, répteis, equinodermos e outros animais aquáticos usados na alimentação humana.
Fonte: Ascom da UFC
O apoio da FUNPEC para novos pesquisadores
13/03/2020 08:05 por André Maitelli