A Universidade Federal do Rio Grande do Norte e o Centro de Educação (CE), no último mês de agosto, realizaram aula inaugural do curso de mestrado em Pós-Graduação em Educação Especial, que abordava o tema: Inclusão e barreiras: Binômio a ser repensado. O curso, que teve início neste semestre, oferece o mestrado profissional destinado a formação de profissionais que atuam com pessoas com deficiências, altas habilidades e transtorno do espectro autista, nos diversos âmbitos da sociedade. 

Associado às pesquisas e aos projetos do corpo docente do CE, o programa tem como proposta contribuir com as metas do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFRN, e da expansão do sistema de pós-graduação da instituição, numa área ainda não contemplada à formação desses profissionais. O curso conta, hoje, com a coordenação das professoras Débora R. P. Nunes e Géssica Fonseca, do Centro de Educação.

“Por outro lado, pensamos na necessidade de ampliar e consolidar a cultura de práticas inclusivas no contexto universitário. Essa demanda justifica-se pelo expressivo aumento do contingente de alunos com deficiência e outras necessidades educacionais na instituição em virtude, dentre outros fatores, da recente lei de cotas”, explica a professora Débora.

Ainda, de acordo com a professora, a proposta do mestrado envolve também a articulação com as práticas pedagógicas desenvolvidas nas redes municipais e na rede estadual do RN, com o intuito de sistematizar estratégias de ensino e o planejamento de recursos didáticos que colaboram na aprendizagem destes estudantes. Além disso, qualificar e capacitar profissionais da área de educação ou áreas afins, que envolve as pessoas com deficiência, que necessitam de apoio e serviços especializados de complementação e suplementação para o acesso nos diversos contextos educacionais.

Segundo a professora “espera-se contribuir para a qualificação desses profissionais, professores contratados nos últimos anos, como funcionários do estado que tem prestado assessoria e suporte pedagógico aos estudantes com deficiência, na sala de aula”. Atualmente, o curso tem 15 alunos regularmente matriculados e 14 professores que trabalham com duas linhas de pesquisas. De acordo com Débora Nunes, “existem parcerias nas disciplinas ofertadas, no contato e na qualificação de profissionais de instituições, como as de Cegos, da Adote, do Centro de Atendimento ao Surdo, de Museus e de outros espaços educativos que podem potencializar os processos de formação dos profissionais”.

Uma linha de pesquisa da pós em Educação Especial se debruça na Educação, Tecnologia Assistiva, Acessibilidade e Cultura, que entre outros, estuda a participação e aprendizagem nas instituições escolares, manifestações artísticas, culturais e lazer. A segunda linha é sobre Processos de ensino e de aprendizagem na perspectiva da educação especial, que investiga a organização do ensino e os processos de aprendizagem de alunos com deficiência, alunos surdos, alunos com transtornos de desenvolvimento e alunos com altas habilidades.

Fonte: Agecom UFRN.