Seminário discute trabalho doméstico na pandemia
Com a pandemia do novo coronavírus e o isolamento social imposto pelas medidas de combate à covid-19, muitas relações de trabalho e emprego foram afetadas, revelando ou acentuando desigualdades já antes presentes na sociedade. Segunda atividade econômica mais frequente entre as trabalhadoras brasileiras, o trabalho doméstico é uma dessas áreas que despertam questionamentos quanto ao seu funcionamento nesse período.
O que tem se passado na dinâmica do trabalho doméstico e de cuidados no interior dos lares? Como está a vida das mulheres no trabalho remunerado e não remunerado? Quais teriam sido as ações tomadas pelas famílias contratantes de empregadas domésticas ao longo desses meses? Responder a essas perguntas pode ser fundamental para a compreensão do atual momento da atividade doméstica no país.
Na UFRN, há pesquisas que buscam essas respostas. Em um desses estudos, intitulado Os afazeres domésticos antes e depois da pandemia: desigualdades sociais e de gênero, ficou demonstrado que até houve um aumento da participação dos homens na divisão das tarefas do lar. No entanto, essas atividades continuam sobrecarregando majoritariamente as mulheres, indica o trabalho.
Coordenadora da pesquisa, a professora do Departamento de Demografia e Ciências Atuariais da UFRN, Luana Myrrha, apresenta nesta terça-feira, 22, dados do estudo no webinário Impactos da covid-19 no trabalho doméstico remunerado e não remunerado no Brasil: resultados de novas pesquisas. O evento é organizado pela Associação Brasileira de Estudos Populacionais (Abep) e conta com transmissão ao vivo pelo Youtube e pelo Facebook, às 15h.
Além de Luana Myrrha, também participam do seminário Renata Faleiros, da SOF Sempreviva, Daniel Groisman, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e Angelita Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence/IBGE). De acordo com a organização, o objetivo é apresentar os resultados de pesquisas recentes, aplicadas durante a pandemia, que buscaram compreender questões referentes ao trabalho doméstico no contexto de crise sanitária.
Fonte: Agecom UFRN.