Pressão nas UPA’s diminui, aponta estudo da UFRN

30/06/2020 11:45


Levantamento feito por um grupo de pesquisadores do Departamento de Física Teórica e Experimental (DFTE/UFRN) e do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) apresenta indícios de uma atenuação das curvas relacionadas ao novo coronavírus no Rio Grande do Norte. Segundo o estudo, apesar da atual demanda por leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), as solicitações por parte das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do estado tiveram uma diminuição importante na última semana.

Após um pico no dia 21 de junho, com as cerca de 140 solicitações diárias na data, esses números vêm em queda, atingindo a marca de aproximadamente 50 no dia 27. De acordo com a análise dos pesquisadores, essa pressão nas UPA’s deve refletir uma diminuição nas internações e na requisição de vagas de UTI e semi-intensivos ao longo dos próximos dias.

A equipe, que tem avaliado as séries temporais da demanda por leitos partir das UPA’s, afirma que este é um importante indicador do platô previsto em modelos matemáticos. Tais dados revelam que o RN já passou pelo pico de expostos e está no auge crítico de hospitalizações. Porém o trabalho chama a atenção para a importantância de manter um baixo índice de transmissibilidade por, pelo menos, 10 dias consecutivos.

“Temos indicadores importantes e estes confirmam tendência de estabilização juntamente com as projeções do modelo, mas deixamos claro que não é o momento de relaxarmos. Esse resultado fortalece a necessidade de movimentos sociais lentos, gradativos e cuidadosos, pautados pelas evidências científicas. A transmissibilidade continua acima de 1, e as medidas de restrição social não podem sumir. Para vencer, o RN precisa de um plano conservador de flexibilização ou, caso contrário, perderá todo o trabalho construído até aqui”, explica o professor do DFTE, José Dias, líder da equipe de pesquisadores.

Para acompanhar mais informações e ter acesso a todos os gráficos elaborados pelo grupo, basta clicar aqui e conhecer esta e outras pesquisas.

Fonte: Agecom/UFRN.


   
   





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