O Homem das Estrelas
Um dos vencedores da 2ª edição do Prêmio Pesquisador Destaque da UFRN, representando a área das Ciências Exatas, da Terra e Engenharias vive a ver estrelas. Não só estrelas, mas especialmente os planetas que as orbitam fora do Sistema Solar. O astrônomo José Renan de Medeiros ganhou destaque especial ao desenvolver atividades em Astronomia Observacional, com ênfase em instrumentação, espectroscopia, evolução estelar e exoplanetologia.
Exemplo disso são as pesquisas sobre Medidas de velocidades radial e rotação para cerca de 10.000 estrelas, em diferentes estágios da evolução estelar; o Diagnóstico sobre rotação, pulsação e erupções para 1000 estrelas com companheiros planetários descobertos pela missão espacial TESS; Estudos sobre Termodinâmica não-extensiva e Multifractalidade em diferentes ambientes astrofísicos; e Validação da Teoria da Relatividade em ambientes estelares, apenas citando algumas publicações recentes. Ele também é autor ou co-autor da descoberta de 13 exoplanetas, que são os planetas que orbitam estrelas diferentes do sol.
Frente a isso, o pesquisador acredita em um futuro cheio de possibilidades e descobertas na área. “Tais estudos tiveram, ainda estão tendo e terão forte impacto sobre áreas da fronteira da Astronomia moderna, com ênfase no desenvolvimento de instrumentação de ponta, além de sólida contribuição para a formação de recursos humanos para a pesquisa e internacionalização efetiva da UFRN”, afirma José Renan.
Professor do Departamento de Física Teórica e Experimental (DFTE/UFRN) e Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, ele também tem participação em consórcios internacionais para a construção de um Pente de Frequências Laser para o espectrômetro HARPS do ESO, a construção do espectrômetro NIRPS (Near Infrared Planet Searcher) para o telescópio de 3,60m do ESO e a construção do espectrômetro HIRES para o telescópio ELT do ESO.
Entre 1985 e 1990, foi orientado durante um doutorado na Université de Genève, em Genebra, pelo astrônomo suíço Michel Mayor, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 2019. A conexão entre os dois cientistas contribuiu para solidificar os estudos em astronomia na UFRN, que em 2006 concedeu a Mayor o título de doutor honoris causa por conta dos serviços prestados à instituição.
Fonte: Agecom UFRN.