Nova espécie de peixe recifal recebe nome de pesquisadora da UFRN
A descoberta de duas novas espécies de peixes criptobentônicos por pesquisadores da UFRN e outras instituições amplia o número de representantes de labrisomideo do gênero Malacoctenus, do Atlântico Sudoeste. Anteriormente identificada por vários autores como Malacoctenus triangulatus, as novas espécies foram encontradas nas ilhas oceânica dos arquipélagos de Fernando de Noronha, Atol das Rocas e São Pedro e São Paulo e na costa brasileira.
O gênero Malacoctenus possui 23 espécies reconhecidas e é constituído de pequenos peixes que vivem em recifes tropicais e subtropicais do Atlântico e Pacífico Ocidental. Com a descoberta, o registro de espécies soma agora 25, sendo 11 delas encontradas no Atlântico Ocidental.
As duas novas espécies brasileiras, M. lianae e M. zaluari, estão descritas e ilustradas no artigo publicado na revista internacional Zootaxa, assinado pelo grupo de pesquisadores incluindo a professora Liana Mendes, do Departamento de Ecologia, e do professor Sérgio Lima do Departamento de Botânica e Zoologia do Centro de Biociência.
Homenagem
Uma das espécies descobertas, M. lianae, é encontrada apenas no complexo insular Fernando de Noronha – Atol das Rocas e São Pedro e São Paulo. O nome específico Malacoctenus lianae, foi uma homenagem à pesquisadora da UFRN que trabalha com a ictiofauna recifal desde seu doutorado, e vem estudando a ecologia e evolução desses peixes que vivem associados ao substrato marinho. O professor Sérgio Lima colaborou nas análises genéticas e na descrição da nova espécie das ilhas oceânicas nordestinas.
De reconhecida atuação como pesquisadora e estudiosa da história natural de peixes blennióides no arquipélago de Fernando de Noronha, a homenageada Liana de Figueiredo Mendes, é coordenadora do Laboratório do Oceano (LOC) e atua nas áreas de conservação ambiental marinha, ictiogia e ambientes recifais.
Fonte: Agecom/UFRN.