Diplomata Francês visita UFRN

18/11/2019 12:06


Brasil e França são parceiros antigos no comércio e na Educação. Aqui no Rio Grande do Norte, uma das principais expressões dessa relação é a UFRN, que mantém 33 projetos de cooperação com universidades francesas e um departamento para o ensino dessa língua estrangeira. Nesta quinta-feira, o ministro-conselheiro da Embaixada da França no Brasil, Gilles Pecassou, segundo na hierarquia da Embaixada francesa, visitou a Universidade com objetivo de conhecer e discutir possível ampliação dessa relação.

Mais cedo, o ministro participou de uma palestra no Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras e Modernas (DLLEM) e, no final da tarde, reuniu-se com o vice-reitor, Hênio Ferreira de Miranda, com a Secretaria de Relações Internacionais (SRI/UFRN), professores e pesquisadores que mantêm relação com a França.

Gilles Pecassou disse ter ficado feliz por confirmar que as universidades brasileiras têm muitas parcerias com as universidades francesas, o que permite encontrar maneiras de criar muito mais atividades entre os dois países. Ele destacou que a cooperação universitária é um das relações bem-sucedidas, sobretudo no âmbito científico, questão que estimula não apenas as questões educacionais, mas também econômicas.

“Economicamente, o Brasil é muito importante para a França. Temos 900 empresas aqui, elas empregam meio milhão de brasileiros e temos um estoque de investimento no Brasil equivalente ao estoque de investimento na China. Isso dá uma ideia da importância da economia brasileira para as empresas francesas”, ressalta.

O vice-reitor, Hênio Ferreira de Miranda, lembrou que os intercâmbios entre os dois países reforçam a troca de experiência e de tecnologia, o que contribui significativamente para a economia das duas nações. “Cada integrante da Universidade, seja estudante ou professor, que participa de um projeto de intercâmbio volta com retorno muito grande de conhecimento, novas tecnologias, e tudo isso estará voltado para o comércio, a indústria e a economia de maneira geral”, reforça.

Para o vice-reitor, visitas como a do ministro-embaixador francês fortalecem o projeto de internacionalização da Universidade, um dos pontos básicos do seu Plano de Desenvolvimento Institucional que está sendo preparado para os próximos quatro anos. “O intercâmbio de alunos e professores é de extrema importância para a consecução dos objetivos contidos neste Plano. A UFRN tem a França como maior parceiro, é o país com quem mantém o maior número de projetos. Então, a visita do ministro-embaixador da França nos dá oportunidade de manter essas parcerias e ampliar novos projetos, abrindo o horizonte não só para a Universidade, mas para o RN de uma maneira geral”, complementa.

Márcio Venício, diretor da SRI, acrescenta que os acordos mantidos com a França são muito produtivos, principalmente na área das engenharias, com projetos que têm sido desenvolvidos, na arquitetura, nas línguas, no Direito, na Física. “Estamos em várias áreas. É muito importante que a França nos procure para demonstrar essa vontade de continuar essa cooperação, principalmente no cenário atual em que há tantas dificuldades políticas, não só no Brasil, mas no mundo todo”, afirma Márcio.

Gilles Pecassou visitou a UFRN com objetivo de conhecer e discutir possível ampliação entre França e a Universidade – Foto: Naryelle Keyse

Para a professora Selma da Nóbrega, do Departamento de Engenharia Civil, uma coisa importante que o ministro-embaixador deixou claro em sua fala foi a intenção de ajudar a melhorar a relação com instituições de pesquisas francesas. “Colocou-se à disposição para uma conversa mais profunda sobre essas questões de mobilidade de estudantes”, disse.

A Língua Francesa

Uma grande preocupação de Gilles Pecassou, expressada em todas as atividades que participou, é com o ensino da Língua Francesa. “Hoje o Francês não é mais ensinado nos ensinos Fundamental e Médio, apenas em algumas escolas privadas. Temos de ver como o Francês pode continuar sendo uma língua estudada no secundário aqui no Rio Grande do Norte, ao lado do Inglês e Espanhol, para não desaparecer totalmente” defendeu.

François Weigel, francês e professor do DLLEM e do Instituto Ágora, destacou a importância dessa preocupação. Ele explica que o Ágora oferece aulas para alunos de áreas técnicas que até conseguem ir à França realizar cooperação e intercâmbio, mas a preocupação é com os alunos do Departamento de Francês. “Os alunos da graduação é que têm uma falta de perspectiva de mercado. Aqui no Rio Grande do Norte é importante consolidar o ensino do Francês, porque se isso não acontecer vamos formar alunos que não terão muito espaço no mercado”, completou.

Fonte: Agecom/UFRN.


   
   





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